Tecnologia

Napster é adquirido por US$ 207 milhões e ganha novo foco em realidade virtual

O Napster morreu e renasceu algumas vezes. Nesta terça-feira (25/03), promete renascer de novo: a Infinite Reality, empresa especializada em realidade virtual estendida, anunciou a compra do Napster por US$ 207 milhões (cerca de R$ 1,1 bilhão, em conversão direta).

O objetivo da nova proprietária é transformar o serviço em uma “plataforma musical definitiva”, voltado para experiências em ambientes virtuais, com maior interação entre fãs e artistas e eventos exclusivos, segundo o comunicado oficial.

Após várias aquisições e tentativas de negócio frustradas, o Napster recuperou seu nome em 2016. Atualmente, a plataforma oferece um serviço de streaming de música, com mensalidades no Brasil variando entre R$ 17,99 para o plano individual e R$ 26,99 para o plano familiar.

John Acunto, cofundador e CEO da Infinite Reality, definiu os planos para o Napster como “disrupção digital”: a proposta, bastante ousada, é transformar a forma como a música é consumida, criando uma experiência mais imersiva e personalizada. O foco do projeto está nos superfãs, que buscam um conteúdo exclusivo.

A nova abordagem do Napster incluirá ambientes virtuais 3D, onde os fãs poderão interagir com os artistas, assistir a shows ao vivo, participar de audições e adquirir produtos físicos e digitais.

O Napster tem uma história marcada por altos e baixos. Criado por Shawn Fanning e Sean Parker — aquele do Facebook — e lançado em 1999 como um serviço de compartilhamento de arquivos peer-to-peer, rapidamente se tornou um fenômeno, permitindo que os usuários baixassem e compartilhassem arquivos MP3.

No entanto, a associação com a pirataria, especialmente entre os artistas, fez com que a plataforma fosse fechada em 2001, após batalhas judiciais que se arrastaram até depois do seu fechamento.

Desenvolvido por Gáspari Comunicação